Vitrines Da Vida

Foi sem querer

O amor é o maior sentimento universal. O amor acalma, traz paz, felicidade, satisfação, porém o amor também enlouquece os que nele depositam suas razões de viver.

Lara sempre foi uma mulher bem resolvida, era a engraçada da turma e fazia todos a sua volta felizes.

Curtira muita vida, com a onda do “ficar” beijara muitas bocas, viajou por vários corpos e tivera orgasmos sensacionais.

Naquela noite de inverno ao sair de uma balada pegara um táxi, pois como a intenção era beber, evitou ir de carro e ter que dirigir.

Ao entrar quis sentar-se na frente, pois achava mais seguro.

De poucas palavras deu apenas o endereço e começou a mexer num jogo no celular. Não notou ao lado o belo rapaz que conduzia o carro, ela entrou com pressa e distraída que nem olhou ao redor.

O percurso seguia tranquilo até que houve uma parada brusca, trazendo-a de volta a realidade.

__ Gente, que isso? – disse assustada.

__ Desculpe é que tinha um quebra mola sem sinalização. Sou novato e ainda não havia passado por aqui.

__ Sem problemas – pela primeira vez olhou para o lado e percebeu o quanto era interessante aquele motorista.

Sem querer as mãos se esbarraram quando ele foi trocar a marcha.

“Foi sem querer” – disseram juntos, com sorrisos tímidos ambos ficaram sem jeito.

E começaram a conversar descontraidamente. Falaram um pouco sobre gostos e relacionamentos. No final ele anotou o número dela.

__ Eu vou te ligar. Quero saber mais sobre os doces que você gosta – deu um sorriso encantador.

A semana passou depressa e entre um acontecimento e outro, Lara sem querer pensara nele, arrependeu-se de não ter pegado seu contato e pensara “ ah, ele deve pegar o número de todas, jamais ligará.

Por deboche do destino o celular tocou – era ele.

Marcaram de jantar naquela mesma noite. Foi um momento agradável no qual puderam saber mais um dou outro, no qual beijos foram inevitáveis. Nada mais.

Os encontros aconteciam quase todos os dias, o amor surgia inesperadamente.

Mateus era muito interessante, um cara inteligente, cursava o último período de engenharia, gostava muito de dirigir, por esse gosto nos finais de semana pegava o taxi do pai e ia desfrutar do que gosta. Com vinte e três anos, tinha uma beleza desmedida, cabelos claros com corte da moda, olhos cor de mel, pele branca, um corpo viçoso, barriga tanquinho, pés e mãos bonitas. Um sorriso gostoso de se ver.

Enfim estavam só no apartamento em que morava sozinho.

Agora já não era só beijos intensos cheios de vontades, eram abraços, apertos, carinhos, carícias, e aos poucos as peças de roupas eram jogadas uma a uma da sala ao quarto. Suspiros, sussurros e murmúrios, Lara jamais sentira em sua vida um desejo, um anseio tão grande como sentira naquele momento, chegara a conclusão que isso estava muito acima dos orgasmos e orgasmos que tivera, até agora, aos seus vinte e seis anos.

Foi beijada. E beijou.

Foi tocada e tocou.

Tocou aquele corpo gostoso, cheirou aquela pele macia, lambeu sem pudor aquele saboroso homem.

Tocou-lhe o objeto arrancando um grito de prazer. Foi penetrada. Foi desejada. Foi amada…

E essa cena se repetira nos dias, semanas, meses e anos seguintes, sem ressalva, sem hora certa, sem pressa e sem matar aquele nobre sentimento.

Enlouqueciam de amor a cada novo dia.

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