De que adianta beijar uma boca somente por beijar.
Tocar e ser tocado com as mãos frias da investida sexual.
Tudo por impulso…
Tudo somente por desejo.
E por desejo só não basta.
Após o gozo surge o arrependimento.
E com Dafne foi assim que ocorrera.
Conheceu Bruno num dia em que não tinha intenção alguma de se envolver com alguém.
Garota dotada de beleza, com vinte e poucos anos, corpo atraente e olhar fatal.
Por onde passava era notada e ao passar por Bruno chamou-lhe atenção.
Ele também não ficava para trás quanto a sua atraente aparência. Peso bem distribuído nos seus mais de um metro e oitenta, pele clara, boca avermelhada.
De impulso, se aproximou dela, se apresentou e trocaram os números dos telefones.
Encontraram alguns dias depois.
Os beijos, ambos ansiaram.
Bocas desiguais.
Sensações incompreensíveis.
No encontro seguinte as peles se buliram.
Ela chegou ao orgasmo primeiro, coisa rara, pois geralmente o homem sempre alcança o frenesi na frente, mas Bruno se preocupou com o prazer dela.
Tolerar seus toques, depois disso, foi um calvário.
Seu orgulho feminino especificou as regras – seria um aborto sair dali sem fazer o parceiro obter o objetivo sexual.
E tudo terminou feito pesadelo no meio da noite.
Em poucos minutos vestiram suas roupas e partiram.
Depois disso não se falaram mais.
Transportam a sensação de ter feito alguma coisa pecaminosa.
Carregam o arrependimento.
Foram movidos puramente por desejo, nada, além disso.
O tempo passou.
O frio da madrugada tornou-se mais agradável do que os toques trocados entre eles.