Falta do que jogou fora
Dedicava-se integralmente a ele, sem reserva alguma. Desde que o conheceu seu mundo parou naquela estação. Estação ilusão.
Dedicava-se integralmente a ele, sem reserva alguma. Desde que o conheceu seu mundo parou naquela estação. Estação ilusão.
Desiludida pelo último amor tinha o olhar opaco. Pela desilusão. Pela solidão.
Pessoa falsa. Faz-se de vítima para viver. Devido à viuvez é comiserada por todos.
Fora tão formoso. De família abalizada. Boa aparência. Bem educado. Quase um príncipe.
Com tudo se atormentava. E nunca se preocupou com a saúde. Bebia demais, fumava em exagero, comia o que devia e o que não podia. E os anos foram passando.
O tempo tem passado depressa demais e temos tentado por tanto tempo falar às coisas que queríamos dizer. No inverno frio e nas noites que arrastam na penumbra do desgaste do amor.
E ela já estava extremamente irritada. Todos os dias, acontecia, a mesma coisa, pela manhã no canto de seu muro estava cheio de lixo, latas de refrigerante e cerveja, embalagens vazias de salgados, balas…
No momento em que se ama alguém tudo se torna mais perfeito. Mas com Elisa foi tudo diferente, o amor lhe trouxe tormento. No começo amou-o com tanta dedicação, se entregou sem se preocupar em saber de fato quem era.
Foi tão feliz junto contigo. Hoje resta a saudade, ao passar nos lugares em que passavam juntos. Ao escutar as mesmas canções que escutavam juntos.
Cada dia sentia um novo toque. Gostava que fosse assim, preferia. Tudo era depressa. Seu olhar dizia tudo.
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