Vitrines Da Vida

Um jogo perfeito

E já nem sabia mais quem ele era.
Pois o tempo todo se mostrou alguém inconstante.
Mas a realidade fora outra.
Suas mentiras e ilusões o fazem frio.
Celina bem percebeu isso nos primeiros encontros, porém decidiu observá-lo.
Dá-lo corda pra se enforcar.
Envolver com ele lhe trouxe alguns desatinos, incômodos e certo arrependimento.
O que aliviava sua consciência é que não ficou para trás.
Omitiu tantas coisas.
Coisas delas.
Fê-lo de bobo na realidade.
Se ele soubesse como foi iludido…
Jamais deixaria com que entrasse na sua vida glamorosa, até demais, em comparação à dele.
Em muitos momentos se pega pensando em como o fez de idiota.
“Dá dó” – diz a si mesma satisfeita.
Entretanto jamais o deixará provar do próprio veneno.
Ele carregará a culpa de nunca tê-la.
Carregará o arrependimento de ter jogado fora “a chance de ser feliz”.
Celina nunca teve a intenção de fazê-lo feliz.
Queria somente usar seu corpo.
Realizar seu desejo sexual, somente isso, nada mais.
Assim que se cansasse o dispensaria como bem faz com todos que passam por sua cama.
Em seu interior sabe que hora mais, hora menos irá usá-lo.
Basta querer…
Enquanto isso o deixa na prateleira.
Joga um jogo perfeito.
O faz culpado e condenado.
Celina é uma mulher bem extravagante, da alta sociedade, uma dama, discreta, bonita, muitas vezes fora vista numa cafeteria de algum shopping acompanhada de um garoto bonito.
Somente mais um objeto de seu desejo.

COMENTE

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.