Vitrines Da Vida

Para vencer a fome

Nas ruas e avenidas ele mora, acorda e dorme.
Seu quarto é uma marquise qualquer. As latas de lixo, sua cozinha, pois é no lixo que tenta encontrar algo para se alimentar.
Caminha sem direção certa.
Sua aparência já é muito diferente de quando chegou ali – afinal, por quê chegou ali? Os cabelos e barba grandes e emplastados de sujeira. A pele encardida por falta de banho, há anos não toma um e quando toma é nas fontes das praças públicas, sem sabão. Suas roupas são maltrapilhas e imundas.
Quando já não lhe resta forças, ele deita ali mesmo na calçada e dorme, os transeuntes passam com olhos de pena, e uma interrogação no pensamento.
Ao acordar caminha mais um pouco, senta em um local movimentado, afinal precisa despertar a bondade de alguém. Com a mão, mais que suja, estendida tenta obter uma esmola, assim talvez consiga entrar em um boteco e comprar nem que seja um pão, se permitirem que entre, já que é somente um lixo humano.
Muitas vezes para vencer a fome, com um saco plástico contendo um pouco de cola de sapateiro, sabe-se lá onde conseguira, ele aspira a substancia. Observando pode se comparar a um balão de oxigênio. Enche e esvazia… enche e esvazia…
E são muitos os indigentes pelas ruas da cidade.
Crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres – sem idade definida – talvez nem documento tenha que comprove quem são realmente.
Vivem assim ao relento.
Sem motivos, nem covardes são a ponto de dar cabo a vida – vida indigna e suja. Justa ou injusta?
O maior almejo de muitos é que alguém lhe atice fogo fazendo-o arder nas chamas do alívio, rumo ao céu ou ao inferno – se é que existem.
Sonhos não têm… a realidade é árdua demais para lhe permitir sonhar. Suas existências não passam de enfeites feios, desses que ninguém quer, enfeitando as cidades e as vitrines da vida real.
Nas ruas e avenidas ele mora, acorda e dorme.
Seu quarto é uma marquise qualquer. A lata de lixo, sua cozinha, pois é no lixo que tenta encontrar algo para se alimentar.
Caminha sem direção certa.
Sua aparência já é muito diferente de quando chegou ali – afinal, por quê chegou ali? Os cabelos e barba grandes e emplastados de sujeira. A pele encardida por falta de banho, há anos não toma um e quando toma é nas fontes das praças públicas, sem sabão. Suas roupas são maltrapilhas e imundas.
Quando já não lhe resta forças, ele deita ali mesmo na calçada e dorme, os transeuntes passam com olhos de pena, e uma interrogação no pensamento.
Ao acordar caminha mais um pouco, senta em um local movimentado, afinal precisa despertar a bondade de alguém. Com a mão, mais que suja, estendida tenta obter uma esmola, assim talvez consiga entrar em um boteco e comprar nem que seja um pão, se permitirem que entre, já que é somente um lixo humano.
Muitas vezes para vencer a fome, com um saco plástico contendo um pouco de cola de sapateiro, sabe-se lá onde conseguira, ele aspira a substancia. Observando pode se comparar a um balão de oxigênio. Enche e esvazia… enche e esvazia…
E são muitos os indigentes pelas ruas da cidade.
Crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres – sem idade definida – talvez nem documento tenham que comprove quem são realmente.
Vivem assim ao relento.
Sem motivos, nem covardes são a ponto de dar cabo a vida – vida indigna e suja. Justa ou injusta?
O maior almejo de muitos é que alguém lhe atice fogo fazendo-o arder nas chamas do alívio, rumo ao céu ou ao inferno – se é que existem.
Sonhos não têm… a realidade é árdua demais para lhe permitir sonhar. Suas existências não passam de enfeites feios, desses que ninguém quer, enfeitando as cidades e as vitrines da vida real.

1 COMENTÁRIOS

  1. Olá Sílvio,

    Como disse Platão: “o conhecimento nos leva à virtude”. Por meio dessa verdade, você tem se revelado, sendo as suas obras instrumentos dessa revelação.
    Parabéns!
    Abraço,
    Vera Lima

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