Vitrines Da Vida

O taxista

O calor estava irracional.
Dia de verão.
Cidade cheia, pudera começo de mês.
Ficou um bom tempo tentando pegar um táxi.
_Como pode numa cidade imensa dessa a escassez de táxi? – questionava irritada.
Quase perdeu a paciência.
Enfim após muitos minutos conseguiu pegar um.
Entrou depressa.
Informou pra onde iria.
Ali dentro estava muito mais agradável que do lado de fora, o ar condicionado deixou o ambiente fresco, nem parecia estar dentro da bendita cidade.
Logo o jovem no volante puxou conversa.
Pelo retrovisor contemplava a face perfeita dela no banco de trás.
Ela nunca foi de dar papo para qualquer pessoa, ainda mais se tratando de um taxista.
Mas aquele jovem era bonito demais.
Aparentava menos de vinte e cinco anos, pele morena, boca atraente, por fim um cara bonito.
Durante o percurso conversaram sobre tantas coisas.
Trânsito.
Crises.
Tempo.
Um breve silêncio.
No rádio uma balada internacional.
E o trânsito terrível como em qualquer metrópole.
Pela primeira vez na vida, ela adorou a demora…
Sentiu por ele uma atração tão forte. Puxou conversa outra vez.
Falou de sentimento…
Amor…
Paixão…
Sexo…
Insinuações nas palavras medidas para esconder a vontade de ambos.
Trocaram o telefone…
Hoje seis meses se passaram…
E ainda queimam de prazer e se realizam nos braços um do outro.

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