Vitrines Da Vida

Ninguém tem o seu beijo

E ficou tão doente.
Doente de amor.
Doente de saudade desde sua partida.
Como o amou.
Foi sem medida tudo que sentiu.
Entregou-se sem pensar no depois, vivera com furor todo seu sentimento.
Não tinha medo do abandono.
Estava muito apaixonada.
Paixão que queimava feito o fogo do sétimo inferno.
Os melhores momentos são os ocorridos assim, de repente.
E conhecê-lo foi assim tão de repente.
Passava todos os dias em frente ao seu trabalho.
Mas ele chamou-lhe atenção num almoço no mesmo restaurante que frequentavam.
Chupando um picolé.
Foi impossível não apreciar aquela boca atraente, gelada, vermelha.
Um jovem bonito demais, cabelos anelados, pele parda, corpo bem distribuído.
Em pouco tempo estavam saindo juntos.
Foram tantos beijos e abraços.
E o ano passou…
Agora, vive de recordações.
A vida se tornou uma metódica ilusão.
O vazio deixado por ele jamais fora ocupado.
Ninguém tem o seu beijo.
O seu sabor.
A sua pele.
Ninguém poderá fazê-la feliz de novo.
Não quer ser feliz sem ele.
Fechou os olhos.
Palavras não dizem nada do que sente, mas seu silêncio sim.
Os dias estão difíceis de viver.
Mas quem sabe um dia eles voltam…
É bom sonhar.

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