Vitrines Da Vida

Naqueles braços

No princípio era tudo que ela imaginava ter.
Conheceram-se na balada.
Ocasião que somente pegaram o número do celular, dele, dela.
No dia seguinte almoçaram juntos.
E passaram uma tarde agradável.
Quantos beijos e abraços.
Afagos ousados, nada mais.
O namoro ocorreu naturalmente.
A primeira noite de amor foi tão ambicionada.
Foi perfeita.
Foi completa.
Amou-o com mansidão, com desejo, com paixão.
Enlouqueceu-a de vontade.
O tempo passou…
O tempo cruel que vai tirando as máscaras, mostrando a árdua realidade de certas situações.
Concluiu, somente pensara, que ele fora tudo que sonhava ter, mero engano.
Conclusão precipitada, normal quando se encanta por alguém.
Nos momentos que foi percebendo seus defeitos assistira seu castelo de areia desabado pelas ondas da vida.
Quantos defeitos.
E sofreu.
E sentiu uma dor no peito.
Toda harmonia se transformara em brigas e mais brigas.
Na cama ao invés do desejo, a indiferença. Viravam para o canto e simplesmente dormiam.
A separação, fora a solução, provida de dor.
Depois disso ambos perceberam quanto se amavam.
Nos reencontros acabavam sempre nos braços um do outro. Não era somente desejo, tudo se resumia a carinhos, abraços e beijos, somente isso. O ato sexual estava sempre em segundo plano.
Depois de muito pensar, ela seguiu outro caminho, não o encontrou mais, matou a saudade, eliminou a dor.
Hoje vivem em outros braços.
Agora, verificando suas fotos numa rede social sentiu uma imensa saudade.
Não o quer mais.
Não o ama mais, talvez nunca tenha lhe amado, mas não pode negar para si mesma que muitas vezes enlouquecera naqueles braços.
Naqueles abraços…
O tempo continua passando…

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