Apaixonou-se por ele sem explicação.
Ele até tinha o perfil que lhe chamava atenção.
Jovem sorridente, porém cheio de medos e conflitos.
Parecia ter um passado marcado pelas desilusões.
Há tempos se tornaram amigos e a paixão veio entrando no coração sem permissão.
A paixão é traiçoeira.
A paixão é louca…
A paixão engana.
A paixão tira a razão de tudo.
Numa tarde linda de sol o primeiro beijo surgiu, esperadamente.
Tarde de carinhos.
Quebrando o protocolo pediu-o em namoro, mas ele se esquivou deixando o passado se tornar uma barreira para tentar ser feliz.
Dias e dias insistindo em tê-lo, porém já estava cansando.
Cansa depressa das coisas.
Tão determinada não corre atrás de sentimento, até porque acha que essas coisas acontecem naturalmente, se houver necessidade de forçar, não valerá a pena.
Ficou avaliando toda a situação.
Perdeu uma noite de sono, pensando nele.
“Ele está se achando demais” – pensava caindo na real, de volta razão.
Não permitiria ser machucada por alguém que não é capaz de perceber que o que passou, passou.
A vida segue…
Agora, determinadamente sem mesmo ele saber, saia de sua confusa e oculta vida, assim como entrou.
Amor têm limites.
Amor não causa sensações ruins.
Amor não pode incomodar.
“Foi você quem quis assim” – sussurrou para si mesma com lágrimas nos olhos.
Afinal nem sempre o sentimento causa dor.
Seguir em frente de fato é difícil até para os bem-determinados.
Guarda o gosto dos tantos beijos.
Guarda na lembrança aquela tarde, talvez tudo não passara de um sonho.