Vitrines Da Vida

Duplas fantasias

A praia de Copacabana sempre lotada, pudera dia de sol, calor intenso. Nada melhor que a água salgada do mar para se refrescar.
E nesses dias, Ellen ia cedo para a praia.
Chegava antes de o sol brotar, no costumeiro quiosque tomava uma fria água de coco.
O mesmo jovem atendia-a sempre, não dava-lhe muita atenção porque apressado arrumava as coisas para começar a atender os clientes.
Um homem majestoso. Tinha os olhos vivos. Um verde que misturava-se com o azul infinito do mar.
Ellen mantinha-o nos pensamentos. Apaixonou-se a primeira vista. Assim que bateu os olhos nele, criou um desejo de tê-lo.
Porém, ele não dava vestígios que notara algo.
Atendia-a com a mesma cautela que designava a todos.
Mas naquela manhã de chuva fina tudo modificou.
_ Uma água de coco – pediu olhando-o intensamente nos olhos.
Ele apenas sorriu.
A chuva aumentou, de repente.
_ Entra, senão você pode se resfriar – disse ele cordialmente.
Os corpos se encontraram sem explicação.
Sabe-se lá quanto tempo depois…
Elen apertava aqueles braços fortes e bronzeados pelo sol. Sua língua era incensada pela boca famélica daquele deus.
As poucas roupas foram retiradas rapidamente.
Quanto desejo!
Agora, Ellen tivera a certeza que ele sempre soubera de seu desejo, sua intenção. Fora a única vez que tivera em seus braços, mas valera a pena por toda sua vida, depois disso Copacabana passou a ser somente um local sem graça, sem calor, não tinha mais motivos para ir ali. Ah ela era casada!
Quanto ao belo rapaz, seu nome é Mateus.
Com vinte cinco anos, formara-se em Direito, mas o encanto pelo mar o fizera investir naquele quiosque.
Tinha uma “pegada” indefinida.
E quantas mulheres se entregaram a ele sem receio, sem pensar no amanhã. Viviam naquela relação sexual o almejado por tanto tempo.
Sem padrão definido: jovens, maduras, solteiras, e até casadas.
Muitas virgens e muitas experientes…
Mateus com toda sua discrição dilacerava os corações.
Seu corpo assombrava-as os sonhos, seus pés bonitos, suas mãos cuidadas, seu tórax forte, seu abdome “tanquinho”, seu membro exagerado… seu cheiro singular. Que harmonia da vida!
Fazia tudo muito bem, sabia exercer com requinte o ato de amor. Sabia penetrar, deixando-a enlouquecida de desejo.
Ao chegar em casa, todos os dias, depois de uma original aventura, após um bom banho que lavava-lhe a alma, se deleitava com seu amante…
Sabia fazer muito bem o parceiro sentir-se jubiloso.
E assim ia vivendo e realizando suas duplas fantasias.

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