Vitrines Da Vida

Cheio de vestígios

Fica tanto tempo sem dar notícias.
E o tempo não perdoa, passa depressa.
Mas o amor que ela sente não passa, mesmo com o sumiço dele, mesmo com o bater das horas.
Sente-o em cada respirar.
Amor impregnado.
Amor platônico, que faz tanto bem e mal também.
Amor que causa saudade.
Desespero.
Fuga.
Desejo.
Amor na imaginação.
De tão forte parece até real.
Realiza, satisfaz e fazer doer o peito.
O jeito é ir remando contra a maré.
Dia após dia tentando o substituir.
Porém quando isso aproxima de acontecer, lá vem ele de novo.
Cheio de vestígios.
Precisando tanto de compreensão.
Uma palavra amiga…
Um carinho.
Ela cede.
“Como não ceder” – pergunta a si mesma.
Ele é tudo que sonha ter.
É o motivo de seus dias sem sentido.
É tudo, tudo que precisa para ser feliz.
Seu cheiro a deixa louca.
Ficar perto dele é um perigo. Custa para conter a vontade de enlouquecer naqueles braços.
Sentir seu abraço.
Sua pele clara, seus beijos… ah seus beijos, como delira por eles!
Fazem algo juntos… algo comum que se faz até com colegas.
Um restaurante.
Voltas por um shopping.
Nada mais.
Nada além.
Que amargura!
Depois ele some outra vez.
Mas o vivido, por menos de duas horas, é o suficiente para afagar a saudade até ele arrumar tempo e se lembrar de que “ eu existo”, que o ama, que precisa de seu amor, que esse amor não passou.
E nem não vai passar.

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