Foi amada como há tempos não era.
Foi beijada genuinamente, com vontade.
Foi tocada.
Foi desejada. Estimulada, realizada.
Foi amada.
Ah, como esperou por esses gestos.
Anos de amor. Anos de espera. Mesmo ao lado dele, fora rejeitada, fora indesejada, fruto da rotina sentimental.
Ambos deixaram com que a relação chegasse a esse ponto.
Ela também fora a culpada.
Cobrando, retribuindo indiferença com insensibilidade.
Desafeto com desafeto.
E no amor não se retribui gestos frios.
No amor se rebate o gelo com água fervendo, assim talvez você consiga despertar o sentimento da pessoa amada.
Enfim antes do fim eles aprenderam.
E hoje se amam tanto.
Amam em cada amanhecer, em cada entardecer, em cada anoitecer.
Declaram-se a todo instante. Demonstram amor.
A saudade fora evacuada inteiramente.
A solidão fora vencida pelo abraço aconchegante.
Sente-se amada demais e percebeu que o ama muito também, ama como nunca amou em toda sua vida. Ama sem reservas, ama sem arrependimento. Ama apenas o ama demais. Ah, como ama.
Entregaram-se sem receio.
E dia-a-dia vão renovando seus votos a cada gesto, a cada “eu te amo”.