Olá Papai Noel! Desculpe-me estar escrevendo uma carta, se já nem sou mais uma criança…

Natal, época de festas, diversão, alegria e farra, porém não podemos esquecer a essência verdadeira desse dia, o nascimento de Jesus Cristo.

Um jovem, muito esforçado, se preparava para sua formatura que ocorreria em poucos dias. Sabendo que seu pai podia lhe dar um bom presente, pensou: “Um carro novo seria um presente realizador!”

Em um hotel de ambiente agradável, o proprietário não conseguia fazer a receita cobrir as despesas, embora se esforçasse ao máximo para atrair hóspedes oferecendo instalações confortáveis, um serviço cordial e preços razoáveis, por isto, desesperado, foi consultar um sábio.

O menino acordou na véspera do Natal, muito contente. Era o dia do aniversário do menino Jesus, e é lógico, o dia em que o Papai Noel vinha visitá-lo. Com cinco anos, esperava ansiosamente o cair da noite, para voltar…

Andou na chuva com a intenção de que sua tristeza fosse levada na enxurrada. Nunca sentira tão infeliz em toda sua vida como sentia agora. Sua trajetória era um filme. Um romance mal resolvido. Uma vida sem êxito algum.

Um dia, a Verdade decidiu visitar os seres humanos. Sem roupas e sem adornos. Tão nua como seu próprio nome.

Ficar frente a frente com ele é complexo demais. Reprimir a vontade de tocá-lo é uma via-sacra. Jamais apresentou sequer um gesto com ela, mesmo sabendo do intenso sentimento.

Era sucessivamente a mesma rotina. De quinta-feira a domingo se jogava na balada. Bebia em excesso.

Chega uma ocasião na vida que é imprescindível revelar seus segredos. Seus desejos. Seus sentimentos. Ela diferiu essa decisão por anos.