Vitrines Da Vida

Pego de surpresa – com Mateus Vilas-Bôas

Era noite de verão.
Um calor intenso pairava sobre as areias da praia.
A brisa leve tocava o rosto bronzeado de Diogo delicadamente. Sentia que ela estava prestes a aparecer.
Era sempre naquele horário, o sol se punha e o céu ficava alaranjado refletindo as sombras das nuvens. O seu coração palpitava e experimentava um frio percorrer a espinha. Do alto das pedras surgia a misteriosa mulher. Seus cabelos negros e lisos voavam ao vento. A boca esbanjava um leve sorriso. Ela contemplava o pôr do sol.
Diogo não sabia qual o mistério que a rondava.
Sempre ia à praia para vê-la. Gostava de sentir a energia que irradiava de sua beleza, mas a vontade de chegar mais perto, de tocá-la, de sentir seu perfume crescia a cada dia.
Ao mesmo tempo em que suas intenções acendiam, o medo era proporcional. Não sabia qual atitude tomar. Talvez preferisse ficar apenas a contemplando, ao invés de tomar qualquer atitude e correr o risco de nunca mais ter a oportunidade daquela presença.
Se aventurar em uma aproximação poderia ser um ato decisivo. Entretanto a dúvida sempre iria consumi-lo se não arriscasse.
Isso era fato.
Era sua árdua realidade…
Esgotava de desejo, esse é o mistério daquela mulher. O desejo o perturba.
Diogo passou a deseja-la mesmo sem querer.
Jovem de vinte e dois anos, proprietário de beleza, educação e tantos outros adjetivos.
A timidez sempre fora sua inimiga. Quantas oportunidades perdidas na poeira do tempo?
Muitas garotas faltavam pouco se despir em sua frente e ele com sua maldita timidez não fora capaz de tomar nenhuma atitude…
Sua fama de bem dotado já se espalhava feito notícia ruim.
Naquela tarde foi pego de surpresa.
A mulher se aproximou.
Diogo perdeu a cor, perdeu o rumo… perdeu as palavras.
Tremia…
_Você… sempre me observando – foi direta, não gostava de medir palavras. Falava e fazia o que tinha vontade.
E contemplar aquele interessante jovem estremecer em sua frente a deixou extasiada de curiosidade e vontade. Nem deu tempo de ele dizer nada. Beijou-o inesperadamente. Diogo não teve alternativa senão sentir aqueles lábios. Aquela boca saborosa.
E ousou…
Pela primeira vez na vida.
Alisou aqueles cabelos volumosos.
Ela sentiu sua ereção. Puxou-o para mais perto e abraçou-o com ternura.
E durante horas ficaram entre beijos e abraços…
Tantas carícias… tantos carinhos….
A praia já estava deserta e as poucas peças de roupas se afundaram na areia fina.
Os corpos se tocaram.
Diogo se atreveu entre aquelas pernas quentes com sua língua faminta. Tudo que imaginou fez com perfeição.
Gemidos quebravam o silêncio e se misturavam ao barulho do quebrar das ondas.
Após algum tempo, ela tocou seu membro amplo e vultoso. Até brilhava de tão ereto. Ela apreciou um pouco a qualidade e enfiou-o na boca. Diogo enlouquecia… quase explodindo num gozo sensacional.
Aquela mulher era perfeita.
E fazia coisas que ninguém nunca fizera.
Sentou em cima de seu membro e cavalgou rápido.
Gemidos… um turbilhão de gritos e gemidos.
Em pouco tempo os dois tiveram o orgasmo provido de um findável grito de alívio e satisfação.
Há meses Diogo a encontra ali.
Há meses entra e sai daquele corpo.
Há meses tenta apresentá-la aos amigos, porém nunca conseguiu.
Se for somente uma ilusão como todos pensam, ele sabe que naqueles braços se sente homem, se sente realizado.

2 COMENTÁRIOS

  1. Nuss..muito ousado..abusado..diria..quase erótico,quase não!!totalmente erótico!!..mais eh excitante..e mexe c nossa imaginação!! será ilusão?!?

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