A saudade que sente é atormentadora, causa tanta dor, tão grande vazio, nessa ocasião nada na vida tem sentido. Precisa urgente dele nos seus dias e nas suas noites. Amava-o intensamente, incessantemente.

Mas o destino não os quis juntos, armou e desarmou as situações e jogou o sonho dela na lata de lixo, no rio da desilusão.

Hoje após longo tempo padece tanto.

Sofre de saudade.

Sofre de vontade.

Sofre por coisas que quis junto a ele, mas nada se realizou, se concretizou, nem por um minuto.

Recorda como se fosse ontem o dia que lhe conheceu, momento que se sentiu viva, sabe quando você encontra motivos para viver, pois ela experimentou essa sensação nessa ocasião.

Já que não conseguiu tê-lo como seu grande amor, o jeito foi aceitar sua amizade, exclusivamente  amizade, nada mais, nada além.

Teve que encontrar uma maneira de conviver com ele sem deixar com que percebesse seu sofrer por aquele amor não correspondido.

Escondeu suas lágrimas.

Vendou seus olhos tristes.

Blindou sua emoção.

Revelar seu sentimento não adiantou nada, foi em vão, se expôs sem atoa, não houve da parte dele qualquer gesto acolhedor, foi rude em dizer não.

Dizer não é uma tarefa árdua, porém ouvir não é pior ainda, destrói seu querer, anula as mais reservadas fantasias.

Precisa tanto esquecê-lo, nem que seja a última coisa da sua vida.

Já abriu a porta um milhão de vezes para que ele desapareça de seu coração, faz a mala, entretanto não consegue se livrar desse amor. Não o coloca para fora.

“Meu coração ama até seus defeitos”.

O máximo que consegue é estar sozinha relembrando seus momentos como amigos, exceto quando a saudade vem dilacerando tudo, nessa hora a melancolia lhe deixa aos pedaços. Precisa pelo menos escutar sua voz, sentir seu respirar pelo aparelho celular.

Refreia suas palavras para não dizer – “eu te amo, pelo amor de Deus fica comigo nem que seja por uma noite, uma hora, me mimoseie com seu toque.”

Todavia, ele finge nada perceber.