Há tanto tempo não sentia uma paixão, dessas que nos faz cometer loucuras, tudo foi simplesmente sem explicação e uma ironia do destino para testar o seu querer.
Aqueles olhos a hipnotizou.
Foi seu tormento.
Foi seu desejo nos dias quentes que se seguiram.
Conheceu-o por acaso ao pedir uma informação no meio da rua, fora tão gentil, tão atencioso e ela nem sabe o motivo que pegara o seu número de telefone. Algo tentador nas próximas horas, assim que teve um tempo ligou sem receio, de impulso.
__ Olá, sou eu a moça do hotel – usou essa referência, pois a informação que pedira era a localização de um hotel, lá iria tomar um café com um amigo europeu.
__Nossa… não acreditei que me ligaria.
E marcaram um encontro.
No dia seguinte exatamente na hora marcada se encontraram, os dois sem graça, sem ter muito o que falar.
__ Que tal um almoço – sugeriu ela.
__ Quero comer batata com bacon – disse ele.
Ao fitá-lo se encantou. Era um jovem inteligente, falava bem, não usava gírias, com dezenove anos, corpo bem destruído, atlético, aquele tipo que chama a atenção devido a beleza da juventude e o jeito malandro de ser.
Ele comeu a porção de batata com bacon, e ambos tomaram um suco natural bem gelado, ela de limão, ele de maracujá.
Falaram um pouco sobre suas vidas, suas rotinas e objetivos.
E algum tempo estavam no quarto de um motel.
__ Que tal um banho? – perguntou ele, já se despindo e deixando a mostra todo seu corpo desejável.
Não houve recusa.
Tomaram um bom banho, ficaram um pouco na banheira de hidromassagem e na sauna.
__ Muito bom isso – falou ele – muito relaxante.
Estavam cada vez mais próximos, as mãos se tocavam, mesmo sem querer, era instantâneo, o desejo estava à flor da pele.
Ele soltou a toalha da cintura e se mostrou sem pudor algum, ela sentiu lhe faltar o ar. Apreciava intacta aquela bela paisagem.
__ Veja como estou – exibiu seu objeto pronto para o uso.
Ela aproximou-se e o abraçou, sentindo aquela pele macia, quente… aquele abraço lhe causou uma sensação esplêndida.
__ Me abraça forte – e sentiu aqueles braços masculinos entrelaçando seu corpo em deslumbre de desejo.
Assim permaneceram algum tempo. No calor da sauna quente, na fumaça que inebriava o cenário.
Agora, parada, calada, dominada pela paixão, pensa nele e não consegue compreender como não se entregara naquele instante.
Não se permitiu passar das primeiras carícias, não permitiu que ele fosse além daquele abraço que a deixou sedenta e apaixonada.
O jeito é aguardar o próximo encontro.