O ser humano é um cofre cujo segredo está em seu coração.
Cada pessoa sabe bem de si, independentemente dos julgamentos alheios.
Em algum momento na vida terá de provar a si – quem é. Eram casados há muito tempo.
Casamento do tipo conservador, apesar das mudanças naturais do comportamento humano.
Ela foi mãe, logo, nos primeiros anos da união.
Dedicou-se com afinco à educação dos filhos, um rapaz e uma moça.
Após esse período decidiu assumir os negócios junto ao esposo.
E foi assim que começara perder sua autoestima.
Vivia, asfixiada, pelos rumores das traições do amado esposo.
Como sofria com isso.
Sentia-se humilhada, ridicularizada e tão desconfortante diante de todos, mas nada poderia fazer, ao questioná-lo recebia negações, apenas.
Unicamente com evidências não quis partir definitivamente, queria provas concretas.
E o tempo foi passando.
Sua segurança desaparecera tipo o sol em dias de intensa chuva.
A cada dia sentia-se mais infeliz.
Deparou-se em intensa depressão e com isso passou a ser refém também de medicamentos controlados, chegara a tomar onze comprimidos diários.
Os dias passavam em brancos, o medicamento lhe proporcionava um escudo e sem saber ela se afundava ainda mais na tristeza e solidão.
Sua emoção estava muito doente.
Em certos dias sequer saia do quarto, dormia o tempo do todo no escuro do seu mundo.
Apenas se levantava, comia exageradamente, e voltada para sua fria cama.
Dizem que o marido continuava a aprontar. Ficava com as secretárias elegantes da empresa, todas provavam do seu dote, até filho fora do casamento tivera.
Depois de algum tempo a esposa necessitou de fazer uma cirurgia.
Tudo dera errado.
Houve muitas complicações.
Ela ficara mais de três meses no CTI.
Foi nesse período que o esposo descobrira o quanto a amava.
Largou tudo para ficar ao seu lado.
Na hora exata provou seu sentimento, seu nobre amor por àquela mulher.
Ninguém jamais pensou que a amava nessa intensidade.
Agora são felizes.
Entretanto sempre que tem tempo, ele, tem orgasmos em outros braços.