Vitrines Da Vida

Melodias tristes

Talvez mesmo cercada por dezenas e dezenas de pessoas, ela se sinta totalmente sozinha.
Cantarola melodias tristes.
Não diz mais “eu te amo”.
As palavras estão a deixando.
Resta seu silêncio.
As mudanças estão acontecendo além das palavras.
Na ausência dos gestos.
Beijos e abraços…
Qualquer palavra!
Mãos que deslizavam pelos corpos quentes.
Não existe sequer um amante. Seria a desculpa ideal – outros ares.
A solidão a incomoda demais.
Tem vontade de sair correndo.
Tem vontade de gritar e sair quebrando tudo que aparecer em sua frente, mas não tem nenhuma ação.
Tudo cessou.
O silêncio é amargo.
A dúvida consome nos minutos das horas que se arrastam.
A que ponto chegou. Perdeu os argumentos.
Pudera, argumentara tantas vezes e nada resolveu. Tudo terminava na cama, uma transa intensa e depois o vazio.
Situação que amenizava a relação por mais algumas semanas.
O coração se nega a admitir que tudo acabou.
Olhos mortos.
Dor no peito.
Deboche do destino.
Vai vivendo aqui e ali, tentando acreditar que está sozinha, mesmo com amigos, mesmo com ele ainda ao lado, está sozinha.
Tenta respirar o ar da felicidade, quem sabe assim alivia os sintomas do fim, próximo fim.
Segura as próprias mãos.
Senta de frente ao mar…
Se sente navios que passam na noite escura, tão escura.
O seu amor se perdeu onde o mar encontra o céu…
E o tempo vai passando.

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