Vitrines Da Vida

Fim de outono

Quando você ama alguém desesperadamente e esse alguém coloca em suas mãos a oportunidade de provar esse sentimento, tudo se torna difícil demais.
E ela teve essa insensata missão.
Amou-o tanto.
Quis tê-lo de todas as maneiras.
Tentou chamar sua atenção em vão.
Agora, seu almejo se concretizou.
Veio carente, precisando de um ombro amigo.
Somente um ombro amigo…
A cada dia tinha mais certeza que ele a considerava, simplesmente, como amiga, nada mais.
“Duro amar alguém que nos vê como amiga.” – concluía amargurada pelo desamor.
Ela lhe deu seu ombro.
Abraçou-o fortemente.
Como foi bom sentir aquele calor.
Seu marcante perfume.
Sua macia pele.
Foi sua companhia naquela tarde cinza de outono, final de outono.
Como foi bom ficar ao lado dele…
Pudera ser assim eternamente.
A vida vai passando.
As situações não representam nada do que sentem.
Nada do que precisam.
Queria aliviar sua dor, seus tormentos, algo complicado demais, pois nem tudo depende só de um alguém.
São enigmas da vida sentimental…
Que faz da nossa vida o que bem quer.

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