Afonso e Donatella todas as manhãs pedalavam. O casal curtia a lua de mel em grande harmonia. Eles guardaram os segredos dos corpos para aquela ocasião.
Tanto tempo contendo a vontade… dele… dela…Afonso amava-a demais, nos primeiros meses o namoro já apresentava indícios que o tornaria verdadeiro e forte.
Depois da cerimônia do casamento e da recepção, foram direto para o aeroporto e voaram mais de dois dias rumo a capital da Dinamarca, durante a viagem permaneceram abraçados segurando o desejo.
Copenhague é uma cidade de prédios baixos dispostos em uma harmonia exemplar. Os campanários das igrejas acrescentam sua particular pincelada e, só uns poucos hotéis de moderna construção rompem a linha do céu. A cidade tem uma ativa vida noturna, que se estende até as primeiras horas da manhã . Oferece, também, uma fascinante variedade de museus, castelos e velhas igrejas para apreciar. Embora seja uma grande metrópole é bastante fácil deslocar-se ali. O centro é basicamente pedestre e as ruas principais contam com circuitos de bicicletas para todos aqueles que preferem este saudável meio de transporte.
Assim que o carregador deixou as malas. Eles se despiram e os corpos se tocaram intimamente pela primeira vez.
Tudo foi extremamente romântico.
Explodiam diversas vezes num orgasmo realizador.
E assim passaram a lua de mel se amando… se descobrindo… se realizando.
Seis meses após retornarem, se separaram – sem mais nem menos tornaram-se indiferente ao outro. Não houve traição, nem agressão. A chama simplesmente se apagou, tipo uma vela que vai queimando aos poucos e quando acaba não resta nada além da cera derretida esparramada num local qualquer… no começo queima com tanta intensidade, ilumina a escuridão.
Foram oito meses de namoro, dez meses de noivado e seis meses de casamento… foram tantos toques, carinhos e carícias. Foi tanto anseio… foi tudo apenas um engano do coração… dele… dela.