Vitrines Da Vida

Aventuras desvairadas

Fora mãe solteira ainda na adolescência.
Por falta de sorte ficara grávida na primeira vez.
O pai da criança, se tratava de, um rapaz imaturo, usuário de drogas, vivente na casa dos pais, sequer trabalho tinha, e também não se preocupava com o futuro, pois nem estudava.
Vanessa fora criada sem a presença do pai, tinha a companhia da mãe de mais três irmãos.
A genitora, uma mulher cheia de autoridade e pudores, a gravidez da filha fora o atestado da imoralidade em sua família.
Mulher paraibana, brava, tudo resolvia na peixeira.
E foi que fez pra descobrir o feitor da desgraça da filha.
Colocou a peixeira no sutiã e foi ao encontro do jovem.
Ele fugira. Somente seu pai enfrentou-a sem medo. Mas ela foi ponderada – queria as vísceras do feitor.
O tempo passou…
Vanessa “comeu o pão que o diabo amassou com o braço”. Ficara escrava das ordens da mãe, sequer podia sair de casa.
Enfim nascera o menino.
Vanessa cuidava dele com todo amor, mas dos outros parentes, a criança não tinha um olhar somente.
Um ano depois, ela conseguiu um emprego.
Voltara a viver.
Toda noite beijava uma boca diferente. Sentia um cheiro novo e uma pele inédita. Tornou-se uma mulher sem reservas.
Quem mudou esse rumo foi Ednei, homem distinto, de família rigorosa. Apaixonou-se e enfrentou todos para tê-la.
Assumiu seu filho sem restrição alguma.
Pediu-a em casamento e em poucas semanas estavam casados.
Foram morar no fundo da casa dos pais dele.
Embora não aceitassem essa relação, o que poderiam fazer para mudar a cabeça do filho apaixonado? Chegaram à conclusão – se ele está feliz, isso é o que importa.
E Vanessa tornou-se uma nova mulher. O marido passara num concurso e fora contemplado com um bom emprego provido de valoroso salário mais excelentes benefícios.
Em pouco tempo estavam morando no apartamento que ele comprou.
Vanessa engravidou e tivera outro menino lindo e saudável.
Ednei depositava nela toda sua confiança.
Tudo que comprara colocara em seu nome, apartamento, carro… dava a ela uma vida de princesa.
Dez anos depois, Vanessa não podia mais conter o sufoco que vivia. Um nó no peito há tantos anos. Precisava sentir outros homens.
Agora, estava mais segura e mais independente. Arrumara uma empregada, tirara a carteira de motorista e voltara a trabalhar.
Antes de voltar para casa, sempre se encontrava com um amante diferente.
Devido a sua beleza chamava atenção de homens belos também.
E se entregava sem medo. Quantas aventuras desvairadas!
Sentia-se viva e feliz.
Com o marido vivia do jeito que ele queria, era um homem pacato, sem fantasias, na cama tudo sempre era igual, no dia que Vanessa ousou uma fantasia, ele disse:
_ Isso é coisa de puta!
Ela sentiu-se sem chão. A face queimava de vergonha.
Enfim, arrumou um único amante, rapaz bonito demais, vinte anos, trabalha numa empresa exercendo uma profissão sem futuro.
Mas realiza-a de uma maneira que o marido jamais será capaz de fazer. Ele é simplesmente, certo demais para realizar uma mulher com a fantasia tão evidenciada.

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