Vitrines Da Vida

Atrás da porta

Residia com a avó, uma senhora austera e cheia de conceitos. Estava sempre de olho em tudo. Débora foi a responsável e indicada para lhe fazer companhia. Uma garota muito bonita, mas que perdeu o valor mediante suas atitudes, tornou-se uma “periguete”, embarcou na onda do “ficar”, porém ia além dos beijos e abraços e fazia sexo sem restrições, viciou-se. “Pegava” mesmo os rapazes atraentes que surgiam, e não dava a mínima importância se seu nome fosse cair na boca do povo.
“Quero é curtir os gatos” – dizia agradada. “Sendo santa ou não o povo mete o pau…”
E na calada da noite, assim que a avó dormia, Débora levava para seu quarto algum jovem. Ela era exigente, não ficava com homem feio. Sua fama de boa de cama espalhava-se rápido entre a galera interessante da região.
O ato acontecia rápido, sem muitos toques, nem beijos, nem carinhos. Queriam chegar ao orgasmo depressa, assim evitariam ser flagrados.
Certa vez, Débora e o contemplado da noite se desfrutavam, estavam num êxtase imenso, quando a voz da avó, a batida na porta e o rodar da fechadura quebrou todo o clímax. Logo a ereção dele se desprojetou.
_ Abre a porta, Débora – gritava a senhora receada.
Débora somente teve tempo de enfiar as roupas do parceiro sexual debaixo da cama, vestiu o roupão. Abriu a porta com um sorriso encoberto na face.
_ Diga, vó, o que a senhora quer? Deveria dormir, já é tarde.
_ É que escutei um barulho…
_ Não escutei nada – sustentou a porta entreaberta, a senhora encaixou a cabeça pra dentro tentando vê algo, mas não viu nada.
Atrás da porta o jovem atrelava a respiração e domava o sorriso.
Minutos depois o perverso casal deu continuidade à cena, e assim se fartaram.

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