Palavras já não adiantavam mais, precisava ao menos senti-lo.
Tudo foi tão deslumbrante.
O primeiro beijo temeroso. O aconchego inédito naquele tórax. O confortante abraço. _ Eu te amo – declarou apaixonada.
_ Também te amo – confessou tímido ao expor o que já era notório por todos.
As peças de roupas caíam no chão com pausa de alguns minutos.
_ Ah! Esperei tanto por isso! – dizia ela.
Ele não falou nada. Apenas principiou seu turismo naquele corpo que incendiava e se arrepiava com cada toque, cada beijo…
_ Eu te amo… – eram os únicos sussurros.
Depois deste encontro, viver sem ele seria jazer ao relento.
A saudade e o desejo de sua companhia se afloraram imensamente.
Telefonava exclusivamente para escutar sua voz.
Já esperava há tanto tempo e por quanto tempo haveria de permanecer aguardando para tê-lo sempre ao seu lado.
Mais de uma década de amor.
Saudade…
Sonhos e mais sonhos.
Tudo não podia se resumir somente a um ato de amor.
Precisava de tudo, além disso… precisava fazê-lo feliz, completo, um homem realizado. Necessitava saber o que é ser uma mulher realizada. Ter um amor mais amigo
Ambos se amavam demais.
Não existiam duvidas da existência de um amor real. O que ocorreu foi que o destino fez uma confusão naquelas vidas.
E agora tinham em jogo tantas coisas envolvidas.
Tantos sentimentos…
Tantas pessoas sairiam feridas.
Restaram-lhes duas opções: jogar tudo para o alto e se entregarem ao nobre sentimento, ou continuarem sufocando o amor. Aprender o que fazer nas noites vazias e frias sem dormir. E a conduzir toda falta que fazem um para outro. Encontrarem-se intimamente somente nos sonhos que terminam a cada amanhecer…
Triste,
Sem sentido,
Rotineiro,
Precisavam viver juntos vinte quatro horas por dia, só assim seriam felizes outra vez.